A empresa anda num alvoroço que mais parece os preparativos para um casamento com a noiva, figura central de qualquer festa do género, com os nervos em franja e quase a ter um enfarte do miocárdio se as coisas não correm tin tin por tin tin como o idealizado pela senhora.
É a senhora da limpeza a limpar tudo ao mais ínfimo pormenor e mais aqui e acolá e naquele cantinho que tem um pózinho que não se vê mas está lá, ela, a noiva, sabe que está e todos vão reparar, por isso é para limpar, e mais os vidos e aqui e acolá porque afinal tudo tem que brilhar e de preferência com aquela estrelinha brilhante a cintilar no cantinho como os anúncios aos detergentes.
Os restantes colegas andam numa azáfama também a fazer isto e mais aquilo que a noiva se lembra que está em falta e que é importante fazer porque senão os convidados vão reparar que o kit de boas vindas tem uma etiqueta ligeiramente torta, sinal de uma qualquer distração de um colega menos habilidoso e depois como vai ser, qual a nossa reputação, vão pensar que somos uma cambada de preguiçosos feitos os gregos, onde a empresa ainda nem decidiu lá criar uma multinacional, dada a incapacidade desse povo.
Não esquecer também o senhor dos biscates que tem jeito para a arte e que pinta molduras e pendura quadros, e que ficou mal assim e que afinal bem eram 2mm mais ao lado e que afinal estas molduras que compramos não ficam nada bem e o melhor é comprar um spray para pintar toda esta merda de novo, que depois será lixada para voltar à cor inicial que, vendo bem era bem mais bonita.
No meio de tudo isto, encontra-se a noiva histérica que esfrega a cabeça, transpira, ajeita a roupa, dá ordens e instruções e o diabo a quatro, que não faz um cu em tudo o que é tarefa que exige dobrar a espinha, mas que no final vai passar a mensagem para os convidados de que está exausta e que fez tudo aquilo sozinha, sem qualquer tipo de ajuda e apenas as vitaminas a safaram, desgraçada.
De quem é quem falo eu? Pois claro, do Bufo organizador de eventos.
Gila
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