Uma pessoa vai passear o cão num dia de Outono, para o sítio do costume, aquele que por acaso até tem praia ao lado, na esperança que o amigo de 4 patas, que por acaso até adora o mar, não resolva ir molhar as patas, pois o tempo não está para banhos.
Ora pois bem, não só o fez como da pior forma possível. No fim do passeio, já quando caminhava para o carro, resolve fugir em direcção à praia e qual cão mergulhador, entrar no mar mesmo de cabeça e não ficar fiozinho de pêlo por molhar, completamente encharcado. E eu impávida e serena de tamanho acto de desrespeito pela minha pessoa, ali fiquei de boca aberta a olhar para tamanha alegria e satisfação.
Quando lhe passou a vontade, eis que regressa feito num pinto, a olhar para mim como quem me diz: “ok, podemos ir, estou despachado”.
O parceiro, o amigo, o cúmplice, aquele que até nem gosta de água, também ele molhado até à ponta das orelhas, ambos no carro, a pingar, satisfeitos da vida e um fadum que não se pode. Enfim … forças precisam-se para limpar o carro, forças, essas que nem sei onde encontrá-las tal é o estado da viatura.
Gila
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